A mulher na engenharia

Segundo relatos históricos, uma das primeiras mulheres a se formar em engenharia foi a irlandesa Alice Perry em 1908, porém desde 1817 já existiam escolas de engenharia pelo mundo, ou seja, demorou quase 100 anos para que uma mulher se formasse como engenheira.

Nos anos 50 se formou a primeira engenheira civil da Universidade de São Paulo (USP), chamada Evelyna Bloem Souto. Ela relatou que em uma viagem à França precisou se vestir de homem, colocar galochas e até mesmo desenhar barba para ser aceita ao grupo!  Porém ela não desistiu e mesmo com todo o preconceito virou uma engenheira muito bem sucedida, sendo um exemplo para todos nós!

Hoje, 100 anos depois a realidade mudou muito, mas as mulheres ainda são minoria: Apenas 30% dos estudantes formados em engenharia no Brasil são do sexo feminino (dados do senso do IBGE de 2010).

Por que existem menos mulheres na engenharia do que homens?

A base de tudo é o fato que a maioria das mulheres não são incentivadas a serem engenheiras. O estereótipo é que engenharia é curso para homens e não para mulheres. Isso faz com que muitas mulheres sejam influenciadas a acreditar que caso escolham essa profissão, não terão sucesso na carreira. Isso é um mito por inteiro, as mulheres são sim capazes de exercer a mesma função que os homens e com a mesma produtividade. Além disso, o que influenciou muito nessas estatísticas é que há não muitas décadas atrás era normal a mulher abrir mão dos seus estudos para realizar trabalhos domésticos.

O que fazer para mudar?

Acredito que o principal fator que mudará esses dados somos todos nós, mulheres e homens!

Em relação às mulheres, não devemos deixar que nos digam que não somos capazes, devemos nos inspirar na engenheira Evelyna e provar que sim, nós podemos. Provavelmente vamos passar por situações preconceituosas em nossa carreira, eu mesma já fui perguntada se eu não tinha medo de entrar numa fábrica por ser mulher. Infelizmente acredito que cada uma de nós vai ter uma história dessas.

Homens, vocês também são grande parte desse movimento, incentivar e não desmotivar é uma grande parte do processo. Além disso, é muito importante que todos mostrem para as novas gerações que elas não devem ser limitadas pelo seu gênero. Um exemplo muito interessante é o GoldieBlox, um brinquedo criado para meninas que querem ser engenheiras, já que a maioria dos brinquedos ditos para meninas estimulam tarefas domésticas. O vídeo de propaganda do GoldieBlox pode ser visto abaixo.

Você já passou por uma situação parecida com a da Evelyna ou conhece alguma história semelhante? Não deixe de comentar!

Um feliz dia da mulher para todas!

 

Fontes:

Mulheres são minorias em apenas cinco carreiras;

Engenheira da USP já precisou usar bigode para participar de visita;

History of Engineering;

Alice Perry;

Engineering: not for girls?

Compartilhar Matéria:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *