Quem já viveu no Brasil em um verão rigoroso sabe bem que muitas vezes nem o ar condicionado dá conta. Já pensou se existisse uma roupa que ajudasse a resfriar o seu corpo? Então, o material para ela já existe!
Os engenheiros da Stanford University desenvolveram um tecido polimérico que promete ser mais refrescante do que usamos hoje. Além disso, o que é bem interessante para o consumidor final, o custo de produção do material é baixo.
Segundo Yi Cui, professor associado de engenharia e ciência dos materiais na Stanford, esse material pode nos ajudar até a economizar energia, evitando o uso de ar condicionado.
O material possui dois mecanismos de passagem de calor, que faz com que a pessoa sinta o tecido com 4 graus Fahrenheit a menos. O primeiro deles permite que a transpiração evapore através do material, assim como os materiais que já temos no mercado funcionam. O outro consiste em um revolucionário mecanismo que permite que o calor emitido pelo corpo como radiação infravermelha passe através desse tecido.
Um exemplo ao contrário desse tecido inovador são os cobertores. Eles nos mantém quentes aprisionando as emissões infravermelhas que emitimos perto dos nossos corpos. Porém até agora não existiam ou existiam poucas pesquisas sobre características da radiação térmica de tecidos.
Como foi produzido esse material?
Os pesquisadores utilizaram nanotecnologia, fotônica e química para produzir um polietileno que passe radiação térmica, vapor de água e ar e ainda seja opaco com a luz visível.
Primeiramente os pesquisadores encontraram uma específica nanoestrutura do polietileno que é opaca à luz visível e transparente à radiação infravermelha, assim deixando o calor passar através do material.
Em seguida eles modificaram o polietileno quimicamente para permitir que as moléculas de vapor de água passassem pelo material, através de nanoporos no plástico.
Então para ser utilizado como matéria-prima para a fabricação de roupas foi feito um material com três camadas: duas folhas desse polietileno tratado com uma camada de algodão, para gerar maior resistência e espessura ao tecido.
Agora a pesquisa continua para encontrar novas cores e texturas para o tecido. Quem sabe em um futuro próximo a gente esteja usando roupas feitas com esse material!
O vídeo abaixo foi postado pela Stanford e explica como o tecido funciona.
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