O metal de 2 bilhões de reais

Quando pensamos em metais preciosos logo nos vêm à cabeça prata, ouro, platina.. Mas o valor econômico desses materiais nem se compara a um metal que você possivelmente nunca ouviu falar: o califórnio, que custa cerca de 2 bilhões de reais por quilograma. No entanto, antes que pensemos em percorrer o mundo à procura de minas de califórnio, é importante saber que esse material é produzido apenas em laboratório, por meio de aceleradores de partículas ou reatores nucleares.

O califórnio, representado pelo símbolo Cf, é radioativo e foi descoberto em 1950 por Thompson, Ghiorso, Street e Seaborg, durante a irradiação e fraccionamento de alguns microgramas de Cúrio 242 utilizando íons de hélio. Durante esse processo, foi detectada uma nova fonte radioativa, que se descobriu ser um novo elemento. Uma vez que a experiência ocorreu na Universidade da Califórnia, o elemento foi batizado de Califórnio, em homenagem ao estado norte-americano. Continue reading O metal de 2 bilhões de reais

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MAX Phases – Cerâmicas com propriedades metálicas.

Nunca metais e cerâmicas estiveram tão próximos em comportamento como ocorreu após a síntese dos chamados Max Phases, descobertos na década de 90 e ainda hoje alvo de inúmeros estudos. Esse grupo de carbetos ou nitretos ternários abrange mais de 60 composições, representadas pela fórmula geral M(n+1)AXn, na qual M é um metal de transição, A é um elemento da família A (geralmente IIIA ou IVA), X é Carbono ou Nitrogênio e n é um número  que pode variar de 1 a 3. Esta fórmula geral, que apresenta os elementos M, A e X mencionados anteriormente e mostrados na figura abaixo, é a razão pela qual o material possui este nome.  A figura também apresenta algumas das MAX Phases descobertas até então.

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Já conhece os polímeros que mudam de cor com a temperatura?

É cada vez mais comum e mais acessível a utilização em nosso cotidiano de materiais que sofrem uma alteração de cor estimulada por fatores externos, nos proporcionando conforto, aumentando a confiabilidade de produtos, melhorando aspectos estéticos ou mesmo a segurança de  componentes que compramos, etc.  Os materiais desta classe podem ser influenciados pela aplicação de pressão (piezocromismo), voltagem (eletrocromismo, lembram dos vidros que protegem os olhos de motoristas contra luz alta de faróis?), luz (fotocromismo) ou temperatura (termocromismo). O último desses fatores será o tema de nossa publicação de hoje:  termocromismo em polímeros!

termocromismo

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Kevlar – o polímero mais resistente do que aço.

Hoje falaremos sobre um polímero bastante especial, o Kevlar.  Este polímero enquadra-se no grupo de poliaramidas,  nome proveniente de três diferentes conceitos: poli, que significa muitos e refere-se ao grande número de repetições de uma mesma unidade estrutural – ou monômero – para formação das cadeias poliméricas;  ar de aromático, visto que a estrutura do Kevlar contém diversos anéis benzênicos; e amida, devido à presença desta função orgânica interconectando os anéis benzênicos na estrutura polimérica.

cadeias kevlar

Cadeias de Kevlar.  Fonte: Oficina da Web. Continue reading Kevlar – o polímero mais resistente do que aço.

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Alotropia e sua importância na engenharia de materiais

Olá galera,

O tema de hoje é alotropia, ou seja, a capacidade de um elemento químico formar diferentes substâncias simples. Essas substâncias, denominadas formas alotrópicas, diferem-se entre si  no que diz respeito a suas estruturas cristalinas ou atomicidade e, por causa desses fatores que podem parecer apenas detalhes, as características e propriedades das substâncias em questão podem ser tornar completamente diferentes.

Um exemplo de elemento químico que sofre alotropia é o estanho:  Ele pode se organizar em uma estrutura tetragonal de corpo centrado (imagem à esquerda), denominado estanho branco ou em uma estrutura cúbica semelhante à do diamante (imagem à direita), caracterizando o estanho cinza.

estruturas estanho

Estruturas cristalinas das formas alotrópicas do estanho. Adaptado de: Os alótropos do estanho.

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Vidros eletrocrômicos

Materiais eletrocrômicos possuem a interessante propriedade de alterar sua cor a partir da incidência de uma diferença de potencial. Assim, ao modificar a tensão aplicada sobre eles, é possível controlar seu grau de transparência e, consequentemente, o grau de transmissão que determinadas radiações do espectro eletromagnético terão através desses materiais.  É nesse contexto que surgem os vidros eletrocrômicos, os quais, somente com o apertar de um botão, proporcionam um controle das intensidades de luz e radiações como ultravioleta e infravermelho transmitidas, garantindo inúmeros benefícios a seus usuários. Janelas feitas dessa classe de vidros, por exemplo, permitem um aumento no conforto visual, uma vez que a transmissão de luz pode ser diminuída nos períodos em que há luminosidade excessiva proveniente do ambiente externo ou intensificada de maneira a maximizar o aproveitamento da luminosidade externa quando ela não for mais incômoda. Outra vantagem é a economia de energia, visto que no verão a passagem elevada de Continue reading Vidros eletrocrômicos

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Vantablack – o material quase invisível!

A visão, um dos mais importantes sentidos humanos, consiste na detecção da luz refletida por determinado objeto. Assim, se um objeto absorve todo o espectro luminoso, exceto a cor verde, vemos este na cor verde. Mas o que aconteceria se um objeto absorvesse toda a luz que nele é emitida? Não poderíamos enxergá-lo!

O senso comum trata a cor preta como ausência de luz, mas nem mesmo os objetos pretos absorvem toda a luz neles incidente e, por essa razão, conseguimos enxergá-los. Segundo o professor da Leeds University, Stephen Westland “A menos que você já tenha olhado para um buraco negro, nunca viu algo que realmente não refletisse luz ”. Continue reading Vantablack – o material quase invisível!

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Vidros escorrem?

Os vitrais, tão comuns nas catedrais europeias construídas na idade média, chamaram a atenção da comunidade não somente por sua beleza, mas também por uma interessante peculiaridade: A extremidade inferior dos antigos vidros que os formavam era mais espessa do que no restante do material.

Vitral datado do século XIV – Catedral de Troyes – França

Esse fenômeno pode ser explicado porque o vidro provavelmente escoou ao longo dos anos, aglomerando-se na extremidade inferior, certo? Errado! Continue reading Vidros escorrem?

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Ligas com Efeito de Memória de Forma (LEMF)

Oi, galera!
Vocês já ouviram falar de materiais com propriedade de memória de forma? O curioso fenômeno ocorre em algumas ligas de ouro-cádmio, cobre-zinco, mas é conhecida principalmente em uma liga denominada nitinol, a qual é composta por níquel e titânio.
O efeito de memória de forma permite que o material seja deformado plasticamente e quando aquecido volte instantaneamente à sua forma original, como mostra o vídeo. Continue reading Ligas com Efeito de Memória de Forma (LEMF)

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