Sirius – Por que você deve se orgulhar do novo acelerador de partículas brasileiro

Está sendo construído no Brasil, na cidade de Campinas – SP, aquilo que talvez possa ser considerado o maior marco para a ciência nacional: O Sirius. Trata-se de um acelerador de partículas, no qual feixes de elétrons serão acelerados a velocidades muito próximas da luz e ficarão circulando dentro de um anel de circunferência de 518 metros  24 horas por dia. Os elétrons nesse tipo de acelerador são constantemente submetidos a desvios em suas trajetórias e, com isso, perdem energia na forma de uma radiação eletromagnética chamada de luz síncrotron. Esse tipo de radiação apresenta amplo espectro de comprimentos de onda, abrangendo do infravermelho a raios-X de alto brilho. O acelerador contará com a presença de monocromadores, os quais atuam como filtros que permitem a passagem de um comprimento de onda específico. Assim, será possível isolar os diferentes tipos de radiação eletromagnética gerados e conduzi-los a estações experimentais nos arredores do Sirius, as quais contêm diversos equipamentos científicos das mais diversas áreas. Pode-se  imaginar o Sirius como uma fonte que alimenta inúmeros tipos de equipamentos de pesquisa avançados ao mesmo tempo, o que deverá trazer pesquisadores de todo o mundo para o Brasil nos próximos anos. Continue reading Sirius – Por que você deve se orgulhar do novo acelerador de partículas brasileiro

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Como a ciência dos materiais vai determinar o futuro da humanidade?

Uma das extraordinárias características da revolução dos microeletrônicos é a habilidade de escalar, uma característica capturada pela Lei de Moore, que leva a um rápido e massivo crescimento na capacidade dos computadores – hoje um celular top de linha tem o poder equivalente ao computador mais potente do começo dos anos 90. Como é de se esperar, amanhã teremos celulares ainda mais poderosos.

Porém temos um problema nesse futuro: quanto mais computadores poderosos são difundidos, maior será o consumo de energia deles. Assim, se a lei de Moore continuar, os dispositivos eletrônicos vão consumir mais da metade da energia do planeta em algumas décadas.

Estrutura do campo elétrico do manganato de érbio. Fonte

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Inovação na indústria madeireira

Madeiras são matérias-primas que fazem parte de muitos produtos de nosso dia-a-dia, principalmente estruturas e móveis. Você já se perguntou do que elas são compostas e sobre a engenharia que há por trás da indústria madeireira?

Tudo se inicia com o corte da madeira a partir das árvores, que podem ser divididas em dois grupos: endógenas e exógenas. As endógenas são plantas como palmeiras e bambus, em que o crescimento do tronco em diâmetro acontece de dentro para fora. As principais árvores para a indústria madeireira são, no entanto, as exógenas. Nesse grupo, o crescimento diametral ocorre de fora para dentro e há a divisão em dois subgrupos: coníferas e folhosas. As coníferas são as árvores cujas folhas apresentam forma de agulha e que não produzem frutos. Já as folhosas, produzem frutos e têm folhas achatadas, sendo o subgrupo em que madeiras nobres como peroba, cedro e ipê encontram-se. Continue reading Inovação na indústria madeireira

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Conheça a nova forma do carbono com alta dureza e alta elasticidade

O carbono está sempre impressionando a gente, não é verdade? Já discutimos aqui no blog sobre Q-carbono, nanotubos, DLC e grafeno. Agora, cientistas da Universidade de Yanshan e Carnegie criaram uma forma de carbono que conduz eletricidade, é dura que nem uma pedra e elástica como uma borracha.

Diferentes formas de ligação tipo diamente (esferas vermelhas), formadas em superfícies curvas ou entre camadas de grafeno (esferas pretas). Crédito imagem: Timothy Strobel.

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Trincas a quente

Na semana passada falamos sobre trincas a frio ou fissuração por hidrogênio, assim nessa semana iremos explicar como são formadas as trincas a quente.

A fissuração a quente, ou trinca a quente, pode ocorrer na escala microscópica ou macroscópica e se formam geralmente nos contornos de grão, espaços interdendríticos ou intergranulares durante a solidificação do material na soldagem. Como as trincas a frio, podem localizar-se também na zona termicamente afetada (ZTA) e na zona fundida (ZT).

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Vídeos do Manual do Mundo que têm tudo a ver com Engenharia de Materiais

A internet está cheia de vídeos educativos sobre engenharia de materiais. Aqui no blog já falamos sobre alguns vídeos disponíveis no Ted que envolvem essa ciência e engenharia tão linda.

Quem nunca parou, olhou para um objeto qualquer e pensou como que foi feito aquilo? Hoje selecionamos alguns vídeos do Youtube do canal Manual do Mundo que explicam como as coisas são feitas, ou seja, engenharia de materiais pura!

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A engenharia de materiais e a valorização de resíduos

No processamento de matérias-primas são gerados inúmeros resíduos, assim como no descarte do produto final, que em sua maioria é apenas descartado e não é visto como uma fonte de matéria-prima, como deveria ser. Você já parou para pensar quantas toneladas de matéria-prima não renováveis são extraídas todos os anos? E quantas toneladas de materiais descartados todos os anos? Assim perdemos uma grande fonte de materiais!

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Material conduz eletricidade sem conduzir calor

Geralmente bons condutores elétricos são bons condutores térmicos, visto que para a maioria dos materiais essa relação entre condutividade elétrica e temperatura é governada pela Lei de Wiedemann-Franz. Entretanto, pesquisadores do Berkeley Lab encontraram uma exceção a essa lei.

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Fonte imagem: Junqiao Wu/Berkeley Lab  Continue reading Material conduz eletricidade sem conduzir calor

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Você sabe o que são materiais auxéticos?

Os materiais auxéticos são aqueles que possuem uma compressibilidade negativa, ou seja, eles possuem um coeficiente de poisson negativo. Isso significa que eles têm o seu volume aumentado quando for aplicada uma força de compressão.

Anteriormente, assumia-se que o coeficiente de poisson, que é a medida de deformação transversal de um material, não poderia ser alterada e que a maioria apresentava um coeficiente positivo entre +0,22 e +0,33. Porém nos últimos anos foi descoberto que sim, um material pode ter um coeficiente negativo e isso é possível quando se altera a estrutura do material e os mecanismos de deformação dele.

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